Turnover: o que é, como reduzir e TUDO sobre o índice aceitável!

Você sabe o que é turnover? Também conhecido como a taxa de rotatividade dos funcionários em uma empresa, o turnover é um dos índices mais importantes para o setor de RH.

O ponto-chave desafiador para o Departamento de Recursos Humanos em relação a esse número está em identificar o índice de turnover da empresa e mantê-lo se estiver em um nível ideal de turnover. Ou reduzi-lo caso o número de demissões esteja prejudicando a produtividade e aumentando consideravelmente os custos da empresa com rescisões.

A grande questão que tira o sono de profissionais do RH é: como fazer para reduzir o turnover e tornar o número de demissões — voluntárias e involuntárias — cada vez menor?

Para fazer isso, é necessário muito trabalho, mas todo o esforço vale a pena quando são alcançados resultados verdadeiros que contribuem para o crescimento da empresa.

Quer saber como ter esse benefício na prática? Ao longo dos próximos tópicos vamos explorar melhor o turnover, seu significado e as principais causas que motivam esse tipo de situação.

Além disso, vamos mostrar as consequências do turnover de funcionários e como reduzir a taxa para agregar mais valor à sua empresa a reter os talentos internos por bastante tempo. Confira!

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O que é turnover?

O termo turnover é um palavra apropriada da língua inglesa que em tradução mais literal pode significar “rotatividade” ou “virada”.

No entanto, a palavra pode ser aplicada em diversos contextos, sendo mais comumente utilizada na área de Recursos Humanos.

Nesse contexto, a palavra é utilizada para designar a rotatividade de pessoal em uma empresa. Ou seja, o índice de entradas e saídas de funcionários em um determinado período de tempo.

Hoje é um dos índices mais importantes do setor de recrutamento e seleção, mas nem sempre foi assim.

Descubra o índice de turnover da sua empresa com a calculadora abaixo:

Turnover: significado e contexto histórico

Acredite se quiser: o índice de turnover não é uma métrica dos modelos de administração modernos! Ele acompanha a evolução das estruturas empresariais há muitos anos, desde os primórdios de diversos modelos. No entanto, não era valorizado!

Com o passar do tempo, o setor de Recursos Humanos buscou alternativas para evidenciar o valor agregado do seu capital humano. Foi aí que a proporção de admissões e demissões passou a ser melhor investigada.

Depois de análises, as empresas perceberam que esse índice era relevante e não apenas para cuidar melhor dos ativos valiosos da empresa.

O turnover também gerou preocupação por uma série de razões que vamos explorar mais adiante.

Qual a importância do índice de turnover?

São algumas dessas razões que fizeram com que o turnover se tornasse um vilão para muitos profissionais de Recursos Humanos quando, na verdade, ele é um simples efeito de fatores externos e internos.

Por exemplo: se 15 funcionários pedem demissão em um mês — algo imprevisto para a gestão —, o índice de turnover vai às alturas. Só que isso é um mero sintoma de algum fator que motivou os colaboradores a se demitirem.

Nessas situações, resolver a situação apenas contratando novos funcionários é o mesmo que ir ao médico e tratar o sintoma e não a sua causa.

Além disso, essa rotatividade traz consequências em curto, médio e em longo prazo para o empreendimento.

A produtividade é um primeiro, já que o trabalho daqueles 15 funcionários não vai ser absorvido pelo resto da equipe e de imediato, tampouco pelos novos colaboradores.

Vale adiantar também que um índice de turnover é esperado e até mesmo natural. Afinal de contas, existem fatores internos e externos que podem estimular um pedido de demissão ou a demissão do funcionário.

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Existem  empresas que ainda hoje negligenciam seu índice de turnover. Mas isso é um erro!  A gestão do turnover é fundamental para os negócios que querem se destacar em um ambiente competitivo.

A perda de pessoas significa perda de capital intelectual, domínio dos processos, conexões internas e com os clientes e até mesmo de oportunidade de negócios.

Então, é preciso cuidar desse índice para que isso não se torne uma verdadeira “bola de neve”, que pode afetar a estabilidade do negócio como um todo e a relação com os clientes.

Quais os índices de turnover no Brasil e no mundo?

Uma pesquisa global realizada em 2013 pela maior empresa de recrutamento do mundo, a Robert Half, revelou que o Brasil é o país com o maior índice de turnover do mundo!

E não é por pouco: no mundo, o índice de turnover aumentou cerca de 38% nos últimos anos. No Brasil, esse número passa de 82%! É alarmante que o índice seja mais do que o dobro de outros países.

O estudo considerou mais de 13 países e entrou em contato com 1.775 diretores de RH no total.

Desse número, 100 dos diretores eram brasileiros. Eles apontaram a grande disputa por profissionais qualificados no Brasil como o principal fator para o alto índice.

Segundo os diretores de Recursos Humanos, mesmo com a crise econômica as empresas seguem em busca de profissionais qualificados que continuam em falta no mercado.

Quais são os tipos de turnover que existem?

Um colaborador que se demite por achar que a carreira estagnou tem motivações diferentes de quem faz o pedido por não concordar com as decisões de gestão. Isso deve ser minuciosamente analisado para avaliar o índice de turnover.

Como destacamos anteriormente, a demissão é um sintoma e as causas é que devem ser analisadas.

Daí a importância de conhecer os diferentes tipos de turnover para lidar da melhor maneira possível com eles em uma eventual oportunidade. São eles:

Turnover voluntário

turnover voluntário é aquele que parte do colaborador. Nele, é o empregado que escolhe encerrar o vínculo com a empresa.

Para os executivos, este pode ser um sinal de alerta porque tende a ser uma decisão influenciada pela má gestão da liderança — tanto pelas tomadas de decisão no dia a dia quanto pela falta de estratégias para reter os seus talentos.

No entanto, essa não é a única razão possível para um turnover voluntário. Algumas das razões pelas quais empregados podem pedir desligamento de uma empresa são:

  • a partir do recebimento de uma oferta de trabalho mais atrativa em outras empresas;
  • em decorrência de conflitos internos que tornam a situação na empresa insustentável ou fofoca no ambiente de trabalho;
  • a falta de um plano de carreira claro e concreto que motive o funcionário a se desenvolver gradativamente para alcançar novos cargos e responsabilidades dentro da empresa;
  • dificuldades de comunicação com os superiores, entre outros.

Algumas dessas razões podem ser muito preocupantes, principalmente se a empresa está lidando com um índice de turnover elevado.

Por isso, é imprescindível que sejam realizadas entrevistas de desligamento para entender melhor o porquê do colaborador estar saindo.

Turnover involuntário

Neste caso, ao contrário do turnover voluntário, quem pede a demissão do funcionário é o empregador. Os motivos para isso são tão extensos quanto diversificados, mas culminam em uma decisão custosa para a companhia.

Isso porque a demissão envolve uma série de custos a mais para a empresa, previstos por lei na CLT, e que interferem no planejamento em curto e médio prazo, além de toda a burocracia a ser realizada no processo.

Entre as circunstâncias que mais estimulam o turnover involuntário podemos destacar as seguintes:

  • baixa performance do empregado ou um desempenho inferior ao estipulado por meio de metas estabelecidas e avaliações com a gestão;
  • quebra de cláusulas contratuais;
  • conflitos internos que tornam a situação de convívio e produtividade insustentáveis;
  • dificuldade em enquadrar-se à cultura organizacional da empresa;
  • dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa que se vê na necessidade de reduzir o quadro de colaboradores.

Mesmo sendo uma decisão tomada pela empresa, é necessário investigar bem os motivos e entender porque os desligamentos estão ocorrendo.

Isso porque eles podem significar problemas mais profundos e enraizados ou um método de recrutamento e seleção deficiente.

Turnover funcional

Já o turnover funcional acontece quando um colaborador insatisfeito e com produtividade abaixo do esperado, pede demissão por conta própria. Este tipo de turnover pode ser positivo para empresa, dependendo do contexto.

Isso porque ele se relaciona com a saída de um funcionário que está tendo um impacto negativo na empresa. Os benefícios da saída dele podem ser muitos tais como:

  • poupar dinheiro com a demissão, já que há menos responsabilidades a cumprir em relação à lei da CLT;
  • contratar um profissional mais adequado para a vaga;
  • menos desgaste e tempo gasto com processos demissionais e tantas outras vantagens.

Turnover disfuncional

A situação aqui é o oposto do que acabamos de destacar. O turnover disfuncional ocorre quando um profissional capacitado e de alto retorno para a empresa se desliga por conta própria.

A princípio, isso pode significar que a empresa não tem condições mínimas para retê-lo, sejam elas financeiras ou de caráter organizacional.

Como resultado, a produtividade e os resultados tendem a cair — mesmo que momentaneamente — e a reputação da empresa pode ser questionada ao longo do tempo.

Por exemplo: por que tantos funcionários se demitem daquele ambiente de trabalho?

Por isso, esse é um dos tipos de turnover que deve ser acompanhado com cuidado!

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